O Pe. Federico
Lombardi, porta-voz da Santa Sé, afirmou hoje em conferência de imprensa que
mais de 1,5 milhões de pessoas estiveram com o Papa nestes três dias em que o
Sumo Pontifíce esteve em Milão para o VII Encontro Mundial das Famílias. Este é
um número que deixa o Papa «muitos satisfeito e sensibilizado», em virtude das
várias manifestações de carinho que recebeu dos peregrinos presentes nas
estradas, na Piazza del Duomo, no Teatro della Scala, no estádio de San Siro e
no aeroporto de Bresso, onde 350 mil pessoas celebraram ontem a Festa dos
Testemunhos e cerca de 1 milhão participou hoje na Santa Missa.
O Pe. Lombardi revelou
ainda que o Papa ficou muito «contente» por ter podido ser ele a fazer o anúncio
oficial da próxima cidade de acolher o Encontro Mundial das Famílias. «Obviamente que a escolha estava feita,
não lhe apareceu por inspiração durante o Angelus, mas foi muito bom que ele
pudesse ter anunciado apenas ali, e que o segredo se tivesse mantido», afirmou
o Pe. Lombardi aos jornalistas presentes na conferência de imprensa que teve
lugar após a celebração no Aeroporto de Bresso.
Ainda sobre a escolha de
Filadélfia, o Pe. Lombardi explicou que a escolha tinha seguido um «critério
geográfico». «O procedimento é termos uma rotatividade entre Europa e o resto
do mundo, e portanto depois de Rio de Janeiro, Manila e México, o próximo será na
América do Norte, onde iremos encontrar uma realidade cultural e espiritual
muito diferente», disse o porta-voz do Vaticano.
Após a celebração da
Santa Missa, Bento XVI almoçou com famílias dos vários continentes do mundo.
Eram sete as famílias: de Bagdade, Iraque, a família Hassib, de duas pessoas;
de Kinshasa, na República Democrática do Congo, os esposos Botolos; da Cidade
do México, a família Gomez Serrano, composta pelo casal, o seu filho e uma avó;
de Espanha os espanhois Burgos; da Austráliaa família Gree, de 4 elementos,
entre os quais um seminarista: de Filadélfia, cidade que vai acolher o VIII
Encontro Mundial das Famílias, a família Tumco, composta por sete elementos, os
pais com cinco filhos; e finalmente, de Milão, cidade que acolheu este evento,
a família Colzani foi ao almoço acompanhada dos seus quatro filhos, segundo
informou a sala de imprensa do VII Encontro Mundial das Famílias.
Questionado sobre o
porquê de o Papa ter falado tão especificamente sobre a temática dos casais
divorciados, o Pe. Lombardi afirmou que o Papa não pretende mudar nada com este
discurso. «Esta não foi uma mensagem para os padres ou os técnicos destas
áreas. O Papa abordou a questão de uma forma pastoral, falando para as famílias
que o ouviam. Ele considera que é tarefa das dioceses darem resposta a esta
temática, e por isso o disse na sua homilia, e ele espera que esteja a haver
este trabalho. Por isso, resolveu dar o seu contributo para esta questão,
apesar de saber que o trabalho deve ser feito mais a nível local», sustentou o
Pe. Lombardi.
No final da conferência
de imprensa, o porta-voz do Vaticano elogiou a beleza do evento de Milão. «Vimos
um Papa sereno e muito contente com esta jornada, estes três dias muito belos
de pastoral da Igreja num evento internacional. Foi um evento eclesial muito
expressivo do serviço da igreja para a sociedade. É uma mensagem positiva, não
polémica, de tornar grande a voz da família, e foi um evento que expressa a
missão da Igreja no mundo de hoje e na sociedade», concluiu.
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