D. Antonino Dias, bispo de Portalegre e Castelo Branco e presidente da
Comissão Episcopal do Laicado e Família da Conferência Episcopal Portuguesa
(CEP), considera que «as dioceses têm de assumir a sua quota parte de
responsabilidade» no passar da mensagem destes dias do VII Encontro Mundial das
Famílias, que está a decorrer em Milão.
O prelado responsável pela família em Portugal faz uma avaliação muito
positiva do encontro. «Está a correr de forma positiva, e não se esperava outra
coisa com o tema que foi proposto. Tem sido extraordinário, não só pela
presença das pessoas, como pelas intervenções que houve no congresso», afirmou
à Família Cristã antes do início da Festa dos Testemunhos, que vai decorrer no
aeroporto de Bresso, em Milão. «Foram comunicações muito ricas da parte de
todos os conferencistas, que abordaram temáticas que não são novidade, mas que
foram aprofundadas de uma forma muito bela. Procurou dizer-se mais uma vez que
a família não é do passado, é do futuro, e é isso que interessa mais retirar
destes dias: a família tem futuro, e é isso que temos de pensar se queremos que
a sociedade tenha futuro», avisou o bispo de Portalegre e Castelo Branco.
D. Antonino Dias não se mostrou muito desapontado com a participação
portuguesa. «Não sei bem calcular a participação portuguesa. Pelas reuniões que
fizemos tínhamos uma ideia de cerca de 120 pessoas, mas houve mais que vieram
pelos seus meios», disse o bispo, que assumiu que agora é importante passar
estas mensagens às famílias que ficaram em Portugal. «O grande desafio e também
estímulo é fazer passar esta mensagem às famílias que não vieram. Todos temos
de procurar passar essa mensagem, mas as dioceses têm de assumir a sua quota-parte
de responsabilidade nesta tarefa».
No que diz respeito às mensagens chave do congresso, o presidente da
comissão episcopal Laicado e Família destaca as intervenções sobre o próprio
matrimónio e o trabalho. «Antes de mais, é a própria estrutura do matrimónio,
que existe e há-de existir, e o trabalho, que marca o ritmo das famílias. Uma
família que não tenha trabalho é negativo para a própria família, mas também
aqueles que têm trabalhos que não são dignificantes refletem na família essa
frustração, o que não dará bons resultados», concluiu.
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